Moreira vê R3 Cup como “porta aberta para entrar na Europa”: “Faltava isso no Brasil”

Formado na base espanhola, o piloto da Moto3 viu de perto o funcionamento na R3 Cup South America e defendeu a importância de uma categoria como a concebida por Alan Douglas e amparada pela Yamaha para formar jovens talentos

Cria da base espanhola do motociclismo, Diogo Moreira fez uma avaliação bastante positiva da R3 Cup South America depois de estrear na categoria na final da temporada 2022, em Goiânia. Na visão do piloto da Moto3, o campeonato concebido por Alan Douglas e apoiado pela Yamaha deixa uma “porta aberta para entrar na Europa”.

Hoje com 18 anos, Diogo foi descoberto por Alexandre Barros nas pistas de motocross ainda a infância e migrou para a motovelocidade graças a um projeto da cervejeira Estrella Galicia 0,0. O programa, porém, já previa o intercâmbio com a Espanha, onde Moreira fez toda a base da carreira para chegar ao Mundial de Motovelocidade.

Diogo Moreira elogiou o formato da R3 Cup South America por criar oportunidades para jovens brasileiros (Foto: LzPhotos)

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Diogo, aliás, passou pela Monlau, a mesma escola-técnica que formou os irmãos Álex e Marc Márquez. Naquela época, o esporte nacional era bastante diferente e pouco se ouvia falar em jovens pilotos deixando o país para competir fora.

Agora, porém, isso mudou. Em 2022, o Brasil viu não só Diogo fechar o ano como melhor estreante da Moto3 e Eric Granado garantir o vice-campeonato da Copa do Mundo de MotoE, mas também Enzo Valentim conquistar o título da R3 Cup Europeia em uma dobradinha com Kevin Fontainha. Além deles, Humberto Maier, conhecido nacionalmente como Turquinho Jr., e Ton Kawakami disputaram o Mundial de Supersport 300, enquanto Eduardo Burr competiu na categoria Supersport 300 do Espanhol de Superbike. Na Supersport 600 na mesma série espanhola, Meikon Kawakami foi o representante nacional e fechou a temporada em quarto.

Muito disso foi possível graças à iniciativa da Yamaha, que premia que os vencedores da R3 Cup South America com subsídio para a disputa do campeonato europeu. A premiação financeira é um atrativo, mas o custo da categoria é outro ativo importante: em 2022, cada piloto pagou cerca de R$ 20 mil pela temporada, valor que pode ser parcelado em até 10x. Neste montante, está incluso o aluguel das motos, que são preparadas por uma equipe da Yamaha, os pneus Pirelli, macacão e capacete que seguem os padrões de segurança exigidos pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo) ― e que ficam com o piloto ― , além do trabalho de coaching de pilotagem, psicólogo e até assessoria de imprensa.

Na decisão da temporada, em Goiânia, a R3 Cup contou com a luxuosa participação de Moreira, que pausou as férias para se divertir e reencontrar antigos colegas. Ao GRANDE PRÊMIO, o piloto da MSi fez uma avaliação positiva da categoria nacional, já que entende que é uma motivação a mais e uma ajuda no início no esporte.

“Faltava isso o Brasil antes”, avaliou Diogo, que guiou a YZF-R3 pela primeira vez na estreia na categoria no Autódromo Internacional Ayrton Senna. “Agora eu acho que tem uma porta aberta para entrar na Europa”, continuou.

“Eu acho que isso é importante para os pilotos jovens”, opinou. “Acho que isso é uma motivação a mais para eles e acho que isso está ajudando muito”, encerrou.

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